Sibutramina promove perda de peso benéfica para a redução dos fatores de risco metabólicos em pacientes com apneia obstrutiva do sono

Indicações Terapêuticas

Sibutramina ______________________ 10 mg
Dose diária. (8)
Redução do peso corporal (1)





De acordo com a RDC n° 13, de 26 de março de 2010, a sibutramina (Lista L.C1) passa a fazer parte da Lista-L.B2 - Lista das Substâncias Psicotrópicas Anorexígenas. Dessa forma, a venda de medicamentos contendo sibutramina somente deverá ser feita mediante a apresentação e retenção da notificação de receita “B2”.

Referência Bibliográfica

J Clin Sleep Med. 2009 Oct 15;5(5):416-21. (1)
Mudanças na adiposidade regional e nas funções cardio-metabólicas durante o acompanhamento de um programa de perda de peso com sibutramina em homens obesos com apneia obstrutiva do sono.
Phillips CL, Yee BJ, Trenell MI, Magnussen JS, Wang D, Banerjee D, Berend N, Grunstein RR.
NHMRC Centre for Sleep Medicine, Woolcock Institute of Medical Research, University of Sydney, Camperdown, Sydney, NSW, Australia.

Embasamento: Embora a apneia obstrutiva do sono (AOS) esteja fortemente relacionada com a obesidade, ambas as condições têm sido associados com maior risco cardiovascular, incluindo intolerância à glicose, dislipidemia e hipertensão independentes uma da outra. Sabe-se que a perda de peso melhora tanto os riscos cardiovasculares quanto a severidade da AOS.

Objetivo : Avaliar as alterações cardiovasculares e metabólicas, incluindo a perda de gordura específica, em indivíduos obesos com AOS submetidos a um programa de emagrecimento.

Desenho do estudo: Estudo observacional.

Participantes: Noventa e três homens com apneia obstrutiva do sono moderada a severa.

Intervenções: Uma triagem aberta de 6 meses de duração associou a sibutramina (um inibidor da recaptação de serotonina e noradrenalina) a uma dieta de 600 kcal e exercícios.
Avaliação e resultados: Na linha base e durante o período de acompanhamento de 6 meses, a AOS foi avaliada junto com a quantificação de gordura intra-abdominal e hepática, além dos marcadores metabólicos e da função cardiovascular. Após 6 meses, a perda de peso e as melhorias na AOS foram acompanhadas pela melhora na resistência à insulina (HOMA), aumento do HDL-colesterol e redução da razão colesterol total / HDL-colesterol. Houve também uma redução nas medidas de gordura


visceral, subcutânea abdominal e hepática. Reduções na gordura hepática e no tempo de sono associado à queda de saturação de oxi-hemoglobina de 90% explica, parcialmente, a melhora no índice HOMA (R2 = 0,18). Em contraste, a rigidez arterial, a frequência cardíaca, a pressão sanguínea e o colesterol total não sofreram alteração.

Conclusão: A perda de peso com a sibutramina foi associada com uma melhoria nos fatores de risco metabólicos e da composição corpórea, mas não na pressão ou rigidez arterial. A resistência à insulina foi, em parte, associada à redução da gordura hepática e da hipoxemia relacionada à apneia do sono.

PMID: 19961024 [PubMed - in process]

Indicações Terapêuticas


Orlistat _________________________ 60 mg
3 vezes ao dia.
Redução do peso corporal (2)



Ann Pharmacother. 2006 Oct;40(10):1717-23. Epub 2006 Aug 29. (2)

Efeito de baixas doses do orlistat no peso corporal de indivíduos sobrepesados: um estudo de 16 semanas, duplo-cego e placebo-controlado.
Anderson JW, Schwartz SM, Hauptman J, Boldrin M, Rossi M, Bansal V, Hale CA.
Endocrine Division, University of Kentucky, Lexington, KY 40506-0298, USA.

Embasamento: As alterações no estilo de vida são consideravelmente a primeira linha de terapia para o tratamento de indivíduos sobrepesados, porém muitos são incapazes de alcançar uma perda de peso significativa. Objetivo: Determinar a eficácia e a segurança do orlistat 60 mg, 3 vezes ao dia, para a perda de peso em indivíduos com sobrepeso leve a moderado. Métodos: Um estudo multicêntrico, de 16 semanas de duração, randomizado, duplo-cego e placebo-controlado, foi conduzido em 391 sujeitos sobrepesados em 20 centros. O principal parâmetro de avaliação foram as mudanças no peso corporal da linha base até a 16ª semana do estudo; os parâmetros secundários incluíram as mudanças no índice de massa corporal, circunferência da cintura, pressão sanguínea e níveis séricos de jejum da glicose e das lipoproteínas. Resultados: Os pacientes de ambos os grupos perderam peso durante o período de tratamento. Entretanto, os pacientes do grupo orlistat perderam, significativamente, mais peso que o grupo placebo dentro de 2 semanas de tratamento. A perda de peso da linha base até a 16ª semana foi significativamente maior nos indivíduos que receberam orlistat versus os que receberam placebo (3,05 vs. 1,90 kg; p < 0,001). Os voluntários do grupo orlistat que completaram as 16 semanas de tratamento perderam 4,8 +/- 0,35% (média +/- DP) de seu peso basal; 3,1 +/- 0,38% para o grupo placebo (p < 0,001). Os indivíduos tratados com orlistat, comparado com os que receberam placebo, também demonstraram maior redução do colesterol total (-4,4% vs. 0,0%; p = 0,004) e do LDL-colesterol (-7,2% vs. -0,6%; p = 0,005), bem como das pressões diastólica (-3,9% vs. -0,5%; p = 0,001) e sistólica (-4,7% vs. -1,8%; p = 0,004). Ambos os grupos mostraram um perfil de segurança similar; eventos gastrointestinais foram mais comuns no grupo orlistat. Conclusão: O uso do orlistat 60 mg por indivíduos sobrepesados produziu significativa perda de peso em conjunto com uma dieta de calorias reduzidas e materiais auto-instrucionais. Esta quantidade de perda de peso foi associada com melhorias em diversos fatores de risco relacionados ao excesso de peso. O orlistat 60 mg pode ser um complemento útil para as alterações de estilo de vida e tem o potencial de contribuir significativamente para a perda de peso e melhora dos fatores de risco em indivíduos com sobrepeso.

PMID: 16940406 [PubMed - indexed for MEDLINE]

Indicações Terapêuticas – Outros Fármacos Disponíveis na Manipulação

Fluoxetina _____________________ 20 mg
Dose diária.
+
Metformina ___________________ 500 mg
3 vezes ao dia.
Redução do peso corporal (5)



Um estudo avaliou a terapia com fluoxetina (20 mg/dia) e metformina (500 mg, 3 vezes ao dia) em mulheres obesas ou sobrepesadas. Após o período de 6,68 meses, foi observada uma diminuição do peso de 9,32% e de 10,14% no IMC dessas pacientes. (5)
Int J Obes (Lond). 2007 Apr;31(4):713-7. Epub 2006 Sep 12.



Topiramato __________ 96 ou 192 mg
Dose diária.
Redução do peso corporal (6)



Pacientes com IMC >/= 27 e < 50 e hemoglobina glicosilada (HbA(1c)) > que 10,5% foram selecionados para receber, durante 6 semanas, 96 ou 192 mg/dia de topiramato. De acordo com os resultados do estudo, o topiramato, quando associado à melhora do estilo de vida, promoveu perda de peso significativa e melhorou a homeostase da glicose em obesos portadores de diabetes tipo 2 que não tinham sido submetidos a nenhum tratamento medicamentoso prévio. (6)
Diabetes Obes Metab. 2007 May;9(3):360-8.




Referências Bibliográficas

(4) Zhong L, Furne JK, Levitt MD. An extract of black, green, and mulberry teas causes malabsorption of carbohydrate but not of triacylglycerol in healthy volunteers. NatureGen Inc, San Diego, CA, Minneapolis, MN 55417, USA. Am J Clin Nutr. 2006 Sep;84(3):551-5. Comment in: Am J Clin Nutr. 2007 Apr;85(4):1164.
(5) Dastjerdi MS, Kazemi F, Najafian A, Mohammady M, Aminorroaya A, Amini M. An open-label pilot study of the combination therapy of metformin and fluoxetine for weight reduction. Int J Obes (Lond). 2007 Apr;31(4):713-7. Epub 2006 Sep 12.
(6) Stenlöf K, Rössner S, Vercruysse F, Kumar A, Fitchet M, Sjöström L; OBDM-003 Study Group. Topiramate in the treatment of obese subjects with drug-naive type 2 diabetes. Diabetes Obes Metab. 2007 May;9(3):360-8.
(7) Heber D, Seeram NP, Wyatt H, Henning SM, Zhang Y, Ogden LG, Dreher M, Hill JO. Safety and antioxidant activity of a pomegranate ellagitannin-enriched polyphenol dietary supplement in overweight individuals with increased waist size. J Agric Food Chem. 2007 Nov 28;55(24):10050-4. Epub 2007 Oct 30.
(8) Sweetman SC (Ed), Martindale: The Complete Drug Reference. London: Pharmaceutical Press. Electronic version, (Edition [date]).

Dexpantenol é benéfico para as desordens cutâneas (2) - Sugestões de Formulações

Formulário 1
Peles Irritadas e Sensibilizadas


1. Irritação Cutânea

Dexpantenol a 5%
Dexpantenol ______________________ 5%
Loção ___________________________ qsp
Aplicar nas áreas a serem tratadas, 2 vezes ao dia.

Resultados de um estudo realizado com 25 voluntários que foram tratados, por 26 dias, com dexpantenol a 5%, 2 vezes por dia, mostram que o dexpantenol apresenta efeitos protetores contra a irritação cutânea.
Biro K, Thaçi D, Ochsendorf FR, Kaufmann R, Boehncke WH. Efficacy of dexpanthenol in skin protection against irritation: a double-blind, placebo-controlled study. Contact Dermatitis. 2003 Aug;49(2):80-4.

2. Anti-Irritação + Anti-Inflamação Potencializada

Dexpantenol + Alfa-Bisabolol
Dexpantenol ______________________ 5%
Alfa-Bisabolol ______________________ 1%
Loção ___________________________ qsp
Aplicar nas áreas a serem tratadas, 2 vezes ao dia.

A ação anti-inflamatória do alfa-bisabolol é atribuída à inibição da ciclo-oxigenase e lipoxigenase, além de promover a cicatrização de feridas. As propriedades de levomenol (alfa-bisabolol) são bem conhecidas. Além do levomenol ser compatível com a pele, ele acelera o seu processo de cicatrização. Com isso, é utilizado como anti-irritante e anti-inflamatório para peles sensíveis.
Monica K. Bedi, MD; Philip D. Shenefelt, MD. Herbal Therapy in Dermatology. Arch Dermatol. 2002; 138 (2): 232-242.
Cavalieri E, Bergamini C, Mariotto S, Leoni S, Perbellini L, Darra E, Suzuki H, Fato R, Lenaz G. Involvement of mitochondrial permeability transition pore opening in alpha-bisabolol induced apoptosis. Dipartimento di Scienze Morfologico-Biomediche, Università di Verona, Italy. FEBS J. 2009 Aug;276(15):3990-4000. Epub 2009 Jun 29.

Formulário 2
Melhora da Função Barreira + Anti-Inflamação

1. Dermatite de Fralda
                                                
Dexpantenol + Óxido de Zinco
Dexpantenol _________________________ 5%
Óxido de Zinco _______________________ 5%
Loção ______________________________ qsp
Aplicar a cada troca de fraldas.

Um estudo realizado em quarenta e seis crianças com dermatite de fralda mostrou que o dexpantenol a 5% em pomada de zinco diminuiu de forma mais significativa a perda de água transepidermal (TEWL) no lado tratado quando comparado com o lado controle.
Wananukul S, Limpongsanuruk W, Singalavanija S, Wisuthsarewong W. Comparison of dexpanthenol and zinc oxide ointment with ointment base in the treatment of irritant diaper dermatitis from diarrhea: a multicenter study. J Med Assoc Thai. 2006 Oct;89(10):1654-8.



2. Dermatite Atópica


Dexpantenol + Glicerol
Dexpantenol ______________________ 5%
Glicerol _________________________ 20%
Loção ___________________________ qsp
Aplicar nas áreas a serem tratadas, 2 vezes ao dia.

A associação de Glicerol é uma terapia cosmética altamente indicada como coadjuvante no tratamento da dermatite atópica, atuando na melhora da função barreira cutânea e hidratação.
Após 10 dias de tratamento com glicerina a 20% houve aumento significativo dos valores corneométricos da pele, indicando aumento da hidratação.
Lodén M, Wessman W. The influence of a cream containing 20% glycerin and its vehicle on skin barrier properties. ACO Hud AB,
Box 622, S
194 26 Upplands Väsby, Stockholm. Int J Cosmet Sci. 2001 Apr;23(2):115-9.


Referências Bibliográficas

1. Radtke MA, Lee-Seifert C, Rustenbach SJ, Schäfer I, Augustin M. [Efficacy and patient benefit of treatment of irritated skin with ointments containing dexpanthenol: health services research (observational study) on self-medication in a pharmaceutical network] Hautarzt. 2009 May;60(5):414-9.
2. Biro K, Thaçi D, Ochsendorf FR, Kaufmann R, Boehncke WH. Efficacy of dexpanthenol in skin protection against irritation: a double-blind, placebo-controlled study. Contact Dermatitis. 2003 Aug;49(2):80-4.
3. Ebner F, Heller A, Rippke F, Tausch I. Topical use of dexpanthenol in skin disorders. Am J Clin Dermatol. 2002;3(6):427-33.
4. Sweetman SC (Ed), Martindale: The Complete Drug Reference. London: Pharmaceutical Press. Electronic version, (Edition [date]).
5. Monica K. Bedi, MD; Philip D. Shenefelt, MD. Herbal Therapy in Dermatology. Arch Dermatol. 2002; 138 (2): 232-242.
6. Cavalieri E, Bergamini C, Mariotto S, Leoni S, Perbellini L, Darra E, Suzuki H, Fato R, Lenaz G. Involvement of mitochondrial permeability transition pore opening in alpha-bisabolol induced apoptosis. Dipartimento di Scienze Morfologico-Biomediche, Università di Verona, Italy. FEBS J. 2009 Aug;276(15):3990-4000. Epub 2009 Jun 29.
7. Escobar SO, Achenbach R, Iannantuono R, Torem V. Topical fish oil in psoriasis--a controlled and blind study. Clin Exp Dermatol. 1992 May;17(3):159-62.
8. Wananukul S, Limpongsanuruk W, Singalavanija S, Wisuthsarewong W. Comparison of dexpanthenol and zinc oxide ointment with ointment base in the treatment of irritant diaper dermatitis from diarrhea: a multicenter study. J Med Assoc Thai. 2006 Oct;89(10):1654-8.
9. Lodén M, Wessman W. The influence of a cream containing 20% glycerin and its vehicle on skin barrier properties. ACO Hud AB,
Box 622, S
194 26 Upplands Väsby, Stockholm. Int J Cosmet Sci. 2001 Apr;23(2):115-9.

Dexpantenol é benéfico para as desordens cutâneas - 91,5% dos pacientes com pele irritada apresentaram um benefício relevante com o uso de dexpantenol

Dexpantenol

Descrição  

Dexpantenol ou d-pantenol, quimicamente conhecido como (+)-2,4-diidroxi-N-(3-hidroxipropil)-3,3-dimetilbutiramina, é o análogo alcoólico estável do ácido d-pantotênico.

Sweetman SC (Ed), Martindale: The Complete Drug Reference. London: Pharmaceutical Press. Electronic version, (Edition [date]).


Propriedades e Mecanismo de Ação do Dexpantenol

Estudos in vivo e in vitro têm comprovado que o dexpantenol:
ü      Atua como hidratante, melhorando a hidratação do estrato córneo e, consequentemente, reduzindo a perda de água transepidermal (TEWL);
ü      Mantém a maciez e a elasticidade da pele;
ü      Estimula a epitelização, aumentando a regeneração e a granulação epidermal;
ü      Ativa a proliferação de fibroblastos, apresentando, portanto, atividade relevante na cicatrização de feridas;
ü      Estabiliza a função barreira da pele;
ü      Exerce atividade anti-inflamatória.
Ebner F, Heller A, Rippke F, Tausch I. Topical use of dexpanthenol in skin disorders. Am J Clin Dermatol.

Dexpantenol versus Irritação Cutânea

Produtos contendo dexpantenol são utilizados para tratar a pele irritada e inflamada.
Radtke MA, Lee-Seifert C, Rustenbach SJ, Schäfer I, Augustin M. [Efficacy and patient benefit of treatment of irritated skin with ointments containing dexpanthenol: health services research (observational study) on self-medication in a pharmaceutical network] Hautarzt. 2009 May;60(5):414-9.

Dexpantenol versus Irritação Cutânea

Produtos contendo dexpantenol são utilizados para tratar a pele irritada e inflamada.
Radtke MA, Lee-Seifert C, Rustenbach SJ, Schäfer I, Augustin M. [Efficacy and patient benefit of treatment of irritated skin with ointments containing dexpanthenol: health services research (observational study) on self-medication in a pharmaceutical network] Hautarzt. 2009 May;60(5):414-9.

Concentração de Uso: 5%
Biro K, Thaçi D, Ochsendorf FR, Kaufmann R, Boehncke WH. Efficacy of dexpanthenol in skin protection against irritation: a double-blind, placebo-controlled study. Contact Dermatitis. 2003 Aug;49(2):80-4.

Comprovações Científicas

Dexpantenol promove benefícios significativos em pacientes com pele irritada

O objetivo deste estudo foi avaliar os benefícios para os pacientes das pomadas contendo dexpantenol na auto-medicação da pele irritada.

Foi realizado, em 392 farmácias, um recrutamento consecutivo de 1.886 pacientes com sintomas de irritação da pele, incluindo eczema atópico não-inflamatório, outras condições de pele seca e comprometimento da barreira cutânea.

Os benefícios aos pacientes foram verificado antes e 7 a 10 dias após o tratamento por meio do Índice de Benefício ao Paciente (IBP).

Resultados:
·        IBP mostrou que 91,5% dos pacientes apresentaram um benefício relevante com o tratamento;
·        94,7% indicaram, diretamente, terem alcançado sucesso nos resultados terapêuticos ;
·        Todos os sintomas de pele irritada (xerose, eritema e descamação) melhoraram significativamente (p < ou = 0,001);
·        A resposta subjetiva foi independente da idade, gênero e doença de pele subjacente.

Conclusão:
Muitos benefícios ao paciente foram observados no tratamento da pele irritada com a pomada de dexpantenol.
Radtke MA, Lee-Seifert C, Rustenbach SJ, Schäfer I, Augustin M. [Efficacy and patient benefit of treatment of irritated skin with ointments containing dexpanthenol: health services research (observational study) on self-medication in a pharmaceutical network] Hautarzt. 2009 May;60(5):414-9.


Dexpantenol é eficaz na prevenção da dermatite de contato
Neste estudo, 25 voluntários (com idade entre 18 e 45 anos) foram tratados, por 26 dias, com:

Dexpantenol a 5% - aplicado 2 vezes ao dia
                                            Placebo

Do dia 15 ao dia 22, lauril sulfato de sódio (LSS) a 2% foi aplicado nestas áreas, duas vezes ao dia, como um agente irritante.

Resultados:
-          11 voluntários tratados com dexpantenol apresentaram resultados positivos, comparados com apenas 1 voluntário tratado com placebo;
-          6 voluntários apresentaram sintomas mais severos da dermatite, sendo 5 voluntários do grupo placebo.

Conclusão:
O dexpantenol apresenta efeitos protetores contra a irritação cutânea.
Biro K, Thaçi D, Ochsendorf FR, Kaufmann R, Boehncke WH. Efficacy of dexpanthenol in skin protection against irritation: a double-blind, placebo-controlled study. Contact Dermatitis. 2003 Aug;49(2):80-4.



 

Mirtazapina, 30 mg ao dia, é um tratamento adjuvante potencial para a esquizofrenia

Indicações Terapêuticas

Mirtazapina _______________________ 30 mg
Dose diária.
+
Risperidona _______________________ 6 mg
Dose diária.
Esquizofrenia (1)







Referência Bibliográfica

Schizophr Res. 2009 Dec 1. [Epub ahead of print] (1)
O efeito da adição da mirtazapina à terapia com risperidona no tratamento da esquizofrenia: um estudo duplo-cego, randomizado e placebo-controlado.
Abbasi SH, Behpournia H, Ghoreshi A, Salehi B, Raznahan M, Rezazadeh SA, Rezaei F, Akhondzadeh S.
Research Unit, Tehran Heart Center, Tehran University of Medical Sciences, Tehran, Iran.

Tem sido relatado que a mirtazapina seria útil para tratar os sintomas negativos da esquizofrenia. No entanto, os resultados são contraditórios até agora.

Este estudo investigou os efeitos da adição da mirtazapina ao tratamento com a risperidona em pacientes com esquizofrenia crônica e sintomas negativos proeminentes de forma duplo-cega e randomizada.

Os participantes eleitos para o estudo foram 40 pacientes com esquizofrenia crônica com idade entre 19 e 49 anos. Todos os pacientes estavam hospitalizados e apresentavam-se na fase ativa da doença, bem como preenchiam os critérios DSM-IV-TR para esquizofrenia. Os pacientes foram randomizados para receber risperidona 6mg/dia mais mirtazapina 30mg/dia (20 pacientes) ou risperidona 6mg/dia mais placebo (20 pacientes). O principal parâmetro de avaliação foi a escala Positive and Negative Syndrome Scale (PANSS).

O grupo mirtazapina apresentou uma melhora significativamente maior nos sintomas negativos e nos escores totais do PANSS após oito semanas de tratamento. A terapia com 30 mg ao dia de mirtazapina foi bem tolerada. Não foram observados efeitos adversos clinicamente importantes.

O presente estudo indica a mirtazapina como uma estratégia potencial adjuvante no tratamento da esquizofrenia crônica, especialmente para os sintomas negativos.

PMID: 19959338 [PubMed - as supplied by publisher]

Indicações Terapêuticas


Risperidona _______________ 2 a 6 mg (8)
Dose diária.
Esquizofrenia (2)


Schizophr Res. 2009 Aug;113(1):72-6. (2)
O efeito da risperidona nos déficits de reconhecimento de emoções em pacientes esquizofrênicos antipsicóticos-naïve: um estudo de acompanhamento a curto prazo.
Behere RV, Venkatasubramanian G, Arasappa R, Reddy N, Gangadhar BN.
Department of Psychiatry, National Institute of Mental Health and Neurosciences, Bangalore, India.

Embasamento: Os déficits de reconhecimento de emoção facial (FERD) têm sido constantemente demostrados em pacientes esquizofrênicos tratados. FERD em pacientes tratamento-naïve e o efeito dos antipsicóticos ainda estão sendo explorados. Objetivos: Examinar FERD em pacientes esquizofrênicos antipsicóticos-naïve e o efeito, a curto prazo, do tratamento com um antipsicótico atípico (risperidona) no FERD. Métodos: Vinte e cinco pacientes esquizofrênicos antipsicóticos-naïve (DSM-IV) e 30 indivíduos saudáveis com idade, sexo e educação correspondentes foram avaliados para FERD usando o Tool for Recognition of Emotions in Neuropsychiatric Disorders (TRENDS) – uma ferramenta válida e culturalmente sensível. A psicopatologia foi avaliada por meio de SAPS e SANS. A performance dos pacientes em TRENDS e psicopatologia foi reavaliada depois de uma exposição a curto prazo para a risperidona. Resultados: Na linha base, os pacientes cometeram erros maiores em relação ao reconhecimento de emoções negativas de medo e repulsa. Houve melhora durante o acompanhamento, influenciada pela severidade dos sintomas negativos na linha base. Conclusão: O tratamento com risperidona pode melhorar a repulsa nos déficits de reconhecimento em pacientes com esquizofrenia.
PMID: 19545977 [PubMed - indexed for MEDLINE]

Indicações Terapêuticas

Ácidos graxos ômega-3 __________1 g
2 vezes ao dia.
+
Vitamina E __________________400 UI
2 vezes ao dia.
+
Vitamina C ____________________1 g
Dose diária.
Esquizofrenia (3)

No mercado nacional estão disponíveis cápsulas de óleo de peixe de 1 g contendo 300 mg de ômega-3 (180 mg de EPA e 120 mg de DHA).

Prog Neuropsychopharmacol Biol Psychiatry. 2007 Oct 1;31(7):1493-9. Epub 2007 Jul 13. (3)
O impacto da suplementação de ácidos graxos ômega-3 e das vitaminas E e C no tratamento e nos sintomas adversos de pacientes com esquizofrenia tratados com haloperidol: um estudo piloto e aberto.
Sivrioglu EY, Kirli S, Sipahioglu D, Gursoy B, Sarandöl E.
Uludag University Medical Faculty Department of Psychiatry, 16059 Gorukle, Bursa, Turkey.


Sugere-se que os antipsicóticos clássicos, como haloperidol, aumentam o estresse oxidativo e o dano celular oxidativo no cérebro. O efeito pró-oxidante do haloperidol pode influenciar o curso e os resultados do tratamento da esquizofrenia. A suplementação dietética com os antioxidantes ácidos graxos ômega-3 melhora os sintomas da esquizofrenia. Este estudo avaliou os efeitos da suplementação dos ácidos graxos ômega-3, combinado com as vitaminas E e C, sobre o resultado do tratamento e os efeitos colaterais em pacientes com esquizofrenia tratados com haloperidol. Dezessete pacientes esquizofrêncios tratados com haloperidol receberam cápsulas de 1.000 mg de ácidos graxos ômega-3 (180 mg EPA + 120 mg DHA), 2 vezes ao dia, vitamina E 400 UI, 2 vezes ao dia, e vitamina C 1.000 mg ao dia. Os pacientes foram avaliados utilizando Brief Psychiatric Rating Scale (BPRS), Scale for the Assessment of Negative Symptoms (SANS), Simpson Angus Scale (SAS) e Barnes Akathisia Rating Scale (BARS) dentro de um período de 4 meses. Os níveis da glutationa peroxidase, da superóxido dismutase, do malondialdeído, da vitamina E e da vitamina C também foram avaliados no início e no final do estudo. Os escores BPRS, SANS, SAS e BARS, obtidos nas visitas de acompanhamento, foram significativamente menores em relação à linha base. O nível da superóxido dismutase foi significativamente menor no final do estudo. Não foram detectadas diferenças significativas nos outros parâmetros laboratoriais. Estes resultados suportam os efeitos benéficos da suplementação nos sintomas positivos e negativos  da esquizofrenia, bem como na gravidade dos efeitos colaterais induzidos pelo haloperidol. O efeito da suplementação sobre acatisia é especialmente notável e não foi investigado em estudos anteriores.

Indicações Terapêuticas – Outros Fármacos Disponíveis na Manipulação

Selegilina _______________ 5 mg
2 vezes ao dia.
+
Risperidona ______________ 6 mg
Dose diária.
Esquizofrenia (4)


Um estudo conduzido por pesquisadores iranianos avaliou o efeito da selegilina, adicionada à risperidona, no tratamento de pacientes com esquizofrenia crônica e sintomas negativos proeminentes. De acordo com os resultados do estudo, a combinação de risperidona e selegilina mostrou uma superioridade estatisticamente significativa sobre a risperidona sozinha no que diz respeito à diminuição dos sintomas negativos e escores totais de PANSS. (4)
Hum Psychopharmacol. 2008 Mar;23(2):79-86.


Modafinil ____________100 a 400 mg (8)
Dose diária dividida em duas tomadas.
Esquizofrenia (5)


Dados disponíveis sugerem que o modafinil é geralmente bem tolerado e pode apresentar eficácia no tratamento da sedação induzida por antipsicóticos, além de melhora nos domínios cognitivos em pacientes com esquizofrenia. (5)
J Clin Psychiatry. 2009 Jan;70(1):104-12. Epub 2008 Nov 18.


Topiramato ________100 a 400 mg (8)
Dose diária.
Esquizofrenia (6)


Um estudo clínico randomizado, duplo-cego e placebo-controlado, realizado em pacientes esquizofrênicos com idade entre 18 e 45 anos, mostrou que o topiramato pode ser uma medicação efetiva no controle dos sintomas da esquizofrenia, considerando seus efeitos nos sintomas negativos e no controle do ganho de peso associado aos antipsicóticos. (6)  
J Psychopharmacol. 2009 Mar;23(2):157-62. Epub 2008 May 30.


Alopurinol _____________ 300 mg
1 ou 2 vezes ao dia.
Esquizofrenia (7)


Estudos clínicos têm mostrado que o tratamento adjuvante com alopurinol pode trazer benefícios para os pacientes que não apresentam bons resultados aos tratamentos atuais para a esquizofrenia. O alopurinol é bem tolerado pela maioria dos pacientes, sendo a dose de 300 mg, uma ou duas vezes ao dia, uma opção que pode melhorar os sintomas psicóticos, especialmente os sintomas positivos refratários. (7)
Ann Pharmacother. 2006 Dec;40(12):2200-4. Epub 2006 Nov 21.


Referências Bibliográficas

(4) Amiri A, Noorbala AA, Nejatisafa AA, Ghoreishi A, Derakhshan MK, Khodaie-Ardakani MR, Hajiazim M, Raznahan M, Akhondzadeh S. Efficacy of selegiline add on therapy to risperidone in the treatment of the negative symptoms of schizophrenia: a double-blind randomized placebo-controlled study. Hum Psychopharmacol. 2008 Mar;23(2):79-86.
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